A Era Vitoriana corresponde ao reinado de Vitória na Inglaterra, de junho de 1837 a janeiro de 1901. Tempo cujo consumo e burguesia estavam em alta devido o crescimento do comércio com a Revolução Industrial e da fabricação de roupas com a invenção a máquina de costura.
Basicamente, a moda da Era Vitoriana divide-se em dois momentos: de 1837 a 1860 (a qual discorreremos a seguir) e de 1861 a 1901.
Moda Feminina
De reinado puritano ao extremo, pedia por mulheres recatadas, de aparência vulnerável e movimentos restritos.
Usado em crianças a partir de três anos, o espartilho era uma necessidade médica. Crescidas, as mulheres usavam várias camadas de corpetes, mais de quatro camadas de anáguas, crinolina e vestidos que chegavam a ter 20 metros de tecido, reforçados com barbatanas. Ao sair de casa acrescentava-se um xale pesado e uma touca adornada, chegando a pesar até 15 quilos de roupas.
As cores das roupas eram claras. A silhueta tinha ombros mais estreitos, a cintura baixou alguns centímetros e os espartilhos ficaram “pontudos” comparados à Era Romântica. O corpete e a saia formavam uma só peça abotoada atrás, podiam usar uma jaqueta curta por cima. As mangas dos vestidos diurnos desceram até o pulso e eram bufantes no antebraço e justas até o pulso. A saia tinha formato de sino, usada com forros de lã, anáguas pesadas e crinolina.
Cabelos eram cacheados, enfeitados com laços, flores, rendas. Os olhos deviam ser grandes e escuros, as bocas pequenas e ombros caídos eram o ideal de beleza. As mulheres deveriam parecer uma mistura de criança e anjo. Luvas, leques, colares de pérolas, rendas, camafeus, broches, pedras, sempre delicados. Usava-se muito uma pequena bolsa de cetim bordada ou estampada.
Como a Rainha Vitória era baixa, os sapatos femininos não tinham salto ao estilo sapatilha, da mesma cor da roupa, e, às vezes, amarrados no tornozelo como de bailarina. Nas ruas podiam usar botas de tecido. Em 1856, as botas entraram na moda, tinham saltos mais altos e eram amarradas até o meio das canelas.
Entre 1840 e 1850 usava-se bonnets que escondiam rosto e pescoço e que só permitiam a moça de olhar para frente.
Exceto pelos vestidos noturnos, que deixavam parte dos ombros à mostra, as roupas cobriam todo o corpo. Foi nessa época que as primeiras mulheres começaram a reclamar das restrições das roupas e da saúde, então, surgiram calções largos e compridos que se estreitavam na altura dos tornozelos e eram usadas por baixo de saias: os bloomers, mas a peça foi ridicularizada e acabou adaptada para meninas e para educação física.
Moda Masculina
A moda masculina teve influência do Príncipe Albert, o consorte da Rainha Vitória, que era jovem e vaidoso. Bastante parecida com a do período romântico: ombros e peito cheios e cintura minúscula. A calça tornou-se levemente tubular e reta.
Na época da Revolução Industrial, os homens necessitavam de roupas que facilitassem os movimentos, portanto, surgiram trajes sóbrios, sérios e impessoais. Tecidos de cores escuras, listradas ou em xadrez grande ou pequeno. Os únicos enfeites eram a gravata ou um lenço de seda branco em torno do pescoço, a cartola que cobria todo o cabelo e a corrente do relógio de bolso que ficava aparente sobre o colete. Usavam bigode com ou sem cavanhaque.
Foi introduzido o babador. A peça era uma falsa frente de camisa em cetim, que deveria ser usada com o traje de gala, presa no colarinho e colocada para dentro, intencionalmente desarrumada.
De dia, vestiam um casaco longo, normalmente preto. Para uso à noite, em 1850, ficou em voga o casaco trespassado com corte reto. O fraque com gravata branca também era traje formal para os cavalheiros.
Em 1860, tornam-se comuns os ternos, e casaco, colete e calças todos da mesma cor.
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